E se sua carreira não refletir mais quem você é?
Nem sempre o problema é o trabalho. Às vezes, é só você que mudou.
Querida leitora, querido leitor,
Esse é o primeiro post desde que o PAPO POSSÍVEL passou por uma mudança de ponto de vista e foco. Pode ser até considerado um rebranding, mas prefiro dizer que a direção está mais intencionada e honesta com o quê quero compartilhar. Aqui, vou compartilhar minhas referências, experiências e ferramentas que te inspire a se libertar da pressão da performance e trilhar seu próprio caminho com coragem e clareza. Obrigado por acreditar em mim e em você.
Já se sentiu bem-sucedido… mas desconectado?
A carreira vai bem. Você entrega. Recebe elogios. Tem um crachá que impressiona.
Mas lá dentro, algo começa a desalinhar.
Eu já vivi isso.
E não foi por falta de esforço, nem por crise de competência.
Foi por uma mudança mais silenciosa: eu tinha crescido. E minha carreira… não tinha acompanhado.
Por um tempo, tentei ignorar esse incômodo.
Achei que era só uma fase, uma insatisfação passageira.
Mas quanto mais eu tentava silenciar, mais meu corpo gritava: ansiedade, cansaço, desmotivação.
Coisas que não combinavam com o discurso de "estar no auge" e nem “buscar work-life balance", que é um conceito frágil sobre o trabalho.
E aí veio a pergunta:
Será que mudei? Ou será que me perdi no caminho?
A resposta, com o tempo, foi ficando clara:
Eu mudei.
E crescer, às vezes, significa reconhecer que o que antes fazia sentido… hoje não faz mais.
Os ambientes, os desafios, os títulos… tudo aquilo que um dia brilhou, começa a virar peso-pesado.
E o mais pesado de todos é carregar uma versão de si que já não é mais você.
Nesse ponto, muita gente pensa que a saída precisa ser radical.
Mas não precisa.
Às vezes, o que você precisa é de um tempo de escuta.
Escutar seu corpo, suas vontades, seus valores atualizados.
Essas perguntas me ajudaram muito a desempatar e me colocar em um estado mais ativo:
– O que me move hoje? (o que me oferece entusiasmo, foco e vontade de continuar)
– O que eu valorizo agora? (quais atividades me dão senso de sentido e significado)
– O que me suga energia? (que faz você sentir pior quando termina, que te faz distrair)
Essas perguntas não têm resposta imediata. Não se deixe enganar. Elas são mais densas do que parecem.
Mas têm o poder de dar luz.
E nelas, você começa a encontrar caminho de volta pra si.
Não se trata de destruir tudo que você construiu.
Não é um apagamento histórico e menos ainda de identidade.
Mas de honrar quem você está se tornando.
Que compreender que a vida está em constante transformação e que uma hora a gente não cabe mais nas falas e nem na imagem que nos sustentava.
E essa é uma coragem pouco valorizada no mundo acelerado:
a coragem de não saber por um tempo.
De bancar o silêncio. De ter desacelerar e dar o devido valor à arte da paciência.
De não ter uma resposta pronta no LinkedIn, com nenhum guru.
Só com a sabedoria interna que você vai reconhecer com o tempo que pura abundância.
A minha nova jornada como profissional independente começou assim.
Com silêncio, perguntas e presença.
Se você está nesse ponto de virada, saiba:
você não está sozinho.
E talvez, tudo o que esteja acontecendo agora…
é só a sua próxima evolução pedindo espaço.
Tamojunto, paz!
Kadu Nakashima
🧭 PAPO POSSÍVEL
Assista ao vídeo completo sobre esse tema no meu canal:
🎥
Adorei a reflexão e me senti um pouco contemplada com o tema também.